Altos Papos

Moeda comum entre Brasil e Argentina não substitui Real e deve fortalecer exportações

Em entrevista ao programa Altos Papos, nesta terça-feira, 24, o professor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP, Paulo Feldmann, avaliou que a criação de uma moeda comum entre Brasil e Argentina é uma medida que deve fortalecer as importações e exportações na América do Sul, já que dispensará a necessidade do uso do dólar nessas operações.

“A estratégia maior é a integração comercial da América do Sul. A proposta é a criação de uma moeda que será usada unicamente para exportações ou importações. Quando formos fazer uma transação com a Argentina, por exemplo, vamos converter o Real para essa moeda única e, então, negociar em torno dela”, explicou.

Vale destacar que a moeda que deve se chamar “Sur”,  não põe fim ao Real ou Peso Argentino. Ainda segundo Feldmann, a ideia não traz praticamente nenhum risco para a economia dos países. “A moeda na verdade só existirá no papel, é uma tabela de conversão, não é propriamente uma moeda física”, disse.

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